sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A cidade

Depois do dia da minha chegada e de várias voltas pela cidade, me dei o dia seguinte de folga e fiquei de bobeira o dia todo me recuperando de todo o desgaste emocional e da viagem.
Na quarta anoite mesmo já tinha quase combinado com o pessoal do meu grupo de me encontrar com eles, mas acabou ficando tarde e eu ainda estava cansada então deixamos para o dia seguinte. Na quinta, as 10h e pouco, me encontrei com o William no terminal de ônibus. Ele já está aqui há mais tempo então me levou para conhecer um pouco da cidade. Estava um dia lindo de céu azul e fomos caminhando até o lago. Ele tinha acabado de se mudar da residência do college para uma casa e estava com um dos quartos vagos, que uma das meninas que vai se mudar também só iria ocupar no domingo, então ele me convidou pra ir ficar com eles. A casa tem 5 quartos e 6 moradores, todos brasileiros. Aqui vão morar 3 meninos e 3 meninas do meu grupo que já estão aqui há mais tempo. Eu precisava de companhia, então aceitei. Voltamos para a casa da Mari, peguei minhas coisas e me mudei.
Depois de conhecer o pessoal, almoçar e ficar um pouco de bobeira, conheci uma loja chamada Canadian Tires, que vende coisas pra casa e pra carro. Tanto utensílio legal pra cozinha! E pra casa! E tudo tão barato! Depois fomos no shopping pequeno da cidade, que fica um pouco mais afastado do centro. Lá tem uma loja chamada Winners que tem coisas de marca com preços mais acessíveis. Do tipo de loja que tem que garimpar mesmo. Com certeza ainda voltarei lá. E também tem uma loja grande de esportes que eu não lembro o nome agora, mas que tem de tudo. E claro, Dollarama: a loja Canadense do 1,99. Nada lá custa mais do que $3, e tem muita coisa legal. Na volta, meu debute no Tim Hortons com um chocolate quente para aquecer :)

Casa da Mari







Essa é especial pra minha mãe que gosta do Buddy

Ai meu dólares



terça-feira, 26 de agosto de 2014

E o dia chegou

Meu dia de ontem começou com despedidas. Me disseram que há algo de muito bonito na saudade, que ela quer dizer que existe alguma coisa pela qual vale a pena sentir falta. E isso é muito verdade. Deixando de lado o chorôrô, vamos ao que interessa. Depois de uma breve escala em Guarulhos e uma passagem rápida por Toronto com direito a uma boa dose de nervosismo e um simpático atendente na alfândega, e outro vôo curto, cheguei em North Bay. O responsável pelos estudantes internacionais do college, Mr. Fraser, estava lá para me receber e me levar para um tour pela cidade.
Ele me levou para a casa da Mari, que gentilmente emprestou seu quarto pra mim enquanto está acampando, para que eu pudesse passar esses dias enquanto o apartamento que eu aluguei não está liberado. Coisa que eu já sei que vai acontecer no domingo, então até lá estou de casa provisória. Alias, fui recebida com uma cartinha de visitas que logo colocou um sorriso enorme no meu rosto cansado. Além da carta com instruções e, óbvio, a senha da WiFi, as chaves da casa. Deixei minhas malas aqui, peguei o essencial e partimos.
Começamos pelo shopping da cidade, só uma passada rápida pra eu ver onde era, e lá estão os meu melhores amigos: Walmart e Sears. Então seguimos para o college. O campus é enorme e razoavelmente afastado da cidade. A biblioteca é super moderna, dá gosto de ver. O college em si é como se vê nos filmes: muito bem equipado. Recebi meu cartão de seguro de saúde que só não cobre óculos e dentista (alô mamãe querida que estava preocupada com eu quebrando a perna andando de ski), e também meu cartão de estudante que é também meu cartão de ônibus. Alias, o ônibus aqui é de graça para estudantes, e só vai começar a valer em Setembro, então até lá o ônibus é por minha conta.
Por coincidência, ou não, quando estávamos saindo do college encontrei com um dos brasileiros do meu grupo, que veio pra cá em Julho. O Mr. Fraser deu uma carona pra ele até a residência e me deixou por lá por meia hora enquanto resolvia outro assunto, e eu pude conhecer a residência e alguns dos outros brasileiros que estão aqui. Acreditem: depois de 1 dia falando inglês o meu português travou na hora de sair. Acho que isso só vai piorar...
Então voltei para a casa da Mari, depois de ter feito compra de comida no Walmart suficiente para durar 1 semana. Não sei qual era minha maior vontade: dormir ou tomar banho. Como ainda nem eram 5 da tarde escolhi a segunda opção. Então liguei o computador, passei as fotos que já tirei e comecei a arrumar minhas coisas de forma que não tire tudo da mala, que não torne o quarto uma zona e que eu possa me encontrar. Não é uma tarefa fácil. E foi um dia longo... ainda vai levar um tempo pra processar tudo que vi e ouvi, mas acho que vou conseguir fazer isso melhor depois que dormir.

Beijinhos,
Carol.

Cara de cansada ainda em Guarulhos