terça-feira, 26 de agosto de 2014

E o dia chegou

Meu dia de ontem começou com despedidas. Me disseram que há algo de muito bonito na saudade, que ela quer dizer que existe alguma coisa pela qual vale a pena sentir falta. E isso é muito verdade. Deixando de lado o chorôrô, vamos ao que interessa. Depois de uma breve escala em Guarulhos e uma passagem rápida por Toronto com direito a uma boa dose de nervosismo e um simpático atendente na alfândega, e outro vôo curto, cheguei em North Bay. O responsável pelos estudantes internacionais do college, Mr. Fraser, estava lá para me receber e me levar para um tour pela cidade.
Ele me levou para a casa da Mari, que gentilmente emprestou seu quarto pra mim enquanto está acampando, para que eu pudesse passar esses dias enquanto o apartamento que eu aluguei não está liberado. Coisa que eu já sei que vai acontecer no domingo, então até lá estou de casa provisória. Alias, fui recebida com uma cartinha de visitas que logo colocou um sorriso enorme no meu rosto cansado. Além da carta com instruções e, óbvio, a senha da WiFi, as chaves da casa. Deixei minhas malas aqui, peguei o essencial e partimos.
Começamos pelo shopping da cidade, só uma passada rápida pra eu ver onde era, e lá estão os meu melhores amigos: Walmart e Sears. Então seguimos para o college. O campus é enorme e razoavelmente afastado da cidade. A biblioteca é super moderna, dá gosto de ver. O college em si é como se vê nos filmes: muito bem equipado. Recebi meu cartão de seguro de saúde que só não cobre óculos e dentista (alô mamãe querida que estava preocupada com eu quebrando a perna andando de ski), e também meu cartão de estudante que é também meu cartão de ônibus. Alias, o ônibus aqui é de graça para estudantes, e só vai começar a valer em Setembro, então até lá o ônibus é por minha conta.
Por coincidência, ou não, quando estávamos saindo do college encontrei com um dos brasileiros do meu grupo, que veio pra cá em Julho. O Mr. Fraser deu uma carona pra ele até a residência e me deixou por lá por meia hora enquanto resolvia outro assunto, e eu pude conhecer a residência e alguns dos outros brasileiros que estão aqui. Acreditem: depois de 1 dia falando inglês o meu português travou na hora de sair. Acho que isso só vai piorar...
Então voltei para a casa da Mari, depois de ter feito compra de comida no Walmart suficiente para durar 1 semana. Não sei qual era minha maior vontade: dormir ou tomar banho. Como ainda nem eram 5 da tarde escolhi a segunda opção. Então liguei o computador, passei as fotos que já tirei e comecei a arrumar minhas coisas de forma que não tire tudo da mala, que não torne o quarto uma zona e que eu possa me encontrar. Não é uma tarefa fácil. E foi um dia longo... ainda vai levar um tempo pra processar tudo que vi e ouvi, mas acho que vou conseguir fazer isso melhor depois que dormir.

Beijinhos,
Carol.

Cara de cansada ainda em Guarulhos





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